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Pico do Itacolomi   -   Foto> Academia de Mineração

RUTH WALTER
( BRASIL - MINAS GERAIS )

 


Em seu propósito de prestigiar os novos valores da poesia mineira, as Edições Mantiqueira apresentam, com “Folhas ao Vento” uma das promissoras revelações literárias do corrente ano e que terá, certamente, a melhor acolhida do distinto público montanhês. 
A poesia de Ruth Walter é bem a expressão de sua alma feminina e delicada. Os temas são os mesmos de todos os tempos, líricos e sentimentais, tranquilos e suaves, porém todos impregnados de uma sensibilidade apurada se dentro de uma perspectiva inteiramente original. Para Ruth Walter, a forma é secundaria; o que lhe interessa é a expressão do sentimento e das impressões mais vivas que marcam a sua alma de esteta.
É preciso notar que os poemas que constituem este livro são os primeiros da jovem poetisa mineira, são como que os frutos que anunciam uma rica e sazonada messe. Entretanto, neles mesmos, já, o leitor, poderá verificar as reais qualidades de uma poetisa dotada de imaginação, de sensibilidade, e, sobretudo, de muito encantamento perante a vida e as cousas, sem os que ninguém poderá ter capacidade criadora. Sem aderir à corrente modernista, mas também sem apego ao parnasianismo rígido, Ruth Walter é destituída de convencionalismos se fórmulas, atendendo-se mais ao conteúdo que à forma, mais aso sentido que à expressão. Os seus versos têm uma fluência espontânea e natural, são instantes de beleza e de contemplação que se transformam em palavras, em ritmos, em músicas.
 

 

WALTER, Ruth.  Folhas ao Vento... Poesias.   Prefácio por BRIMAC - (Brito Machado).  Belo Horizonte, MG: Edições Mantiqueira, 1957.   93 p.   No. 10 914Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda.

 

 

              MÃE

Na desventura, não temes a desdita,
O sofrimento não te abate não,
Do filho és a mãe querida,
Por ele nunca lutas em vão.

Choras com ele nas vicissitudes
O amargor da solidão,
És o cimo das virtudes,
A bênção está em tuas mãos.

Mãe te proclama o berço,
Que estás sozinha a velar,
Desfiando as contas do terço,
A Virgem Mãe implorar.

É minha perene oração.
Para o filho querido seja,
O anjo da proteção.


OUROPRETANA

Som longínquo de gótica torre,
Meu berço embalou.
Barroco sino no dia que morre,
A terra bendita enfim me levou.

No alto do morro distante,
Felicidade e fé encontrei,
Num dia de sol radiante,
Meu Deus eu lá achei.

Aos pés do Itacolomi perene,
Amigos eu achei,
E juro, hoje, solene,
Ouropretana sempre serei.

 

             MORRO DE SÃO SEBASTIÃO

Lá no cume do pico singelo,
Te ergues, ó linda capela,
Austera traduzes o belo,
Ó límpida e cândida vela.

Da ermida qual, tocha ardente,
O sacrário estás a guardar,
Coroas o pico imponente,
Os moradores estás a velar.

Santo do morro lá em cima,
Valente guerreiro que é,
Conduza seguros à vinha,
Dos moradores, a fé.

 

*
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Página publicada em setembro de 2025


 

 

 
 
 
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